segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Momentos decisivos da greve: redobrar a atenção e os esforços para garantir nossas conquistas



Esta é uma greve histórica. Com 105 dias, a mais longa das greves conseguiu dobrar a intransigência do reitor que dizia que iria quebrar a dinâmica de sindicalismo na universidade. Com um comando de greve democrático eleito nas reuniões de unidade, a greve foi conduzida até aqui por centenas de ativistas que se formaram verdadeiros quadros e dirigentes operários no processo, se fundindo com a tradição combativa e democrática do SINTUSP. Aliada à combatividade e à democracia da categoria em greve, se expressa também um importante avanço do ponto de vista das demandas: a greve passou a defender não somente o reajuste, mas a universidade pública e a saúde, na luta contra o PDV e a desvinculação dos hospitais, e por mais verbas para a universidade e toda a educação, se colocando inclusive a perspectiva de se aliar à população para defender o HU e o HRAC.
Entretanto, é necessário ressaltar que nossas conquistas ainda não estão garantidas. E estamos entrando em mais uma semana decisiva para a greve. Na segunda-feira teremos negociação com a Reitoria às 15h, na terça-feira negociação com o CRUESP às 16h na rua Itapeva, na qual devemos construir um grande ato para mais uma vez mostrarmos nossa força, e na quarta nova audiência de conciliação com o TRT. A reitoria ainda não aceitou a proposta do TRT, de 2,57% em outubro e 2,57% em janeiro (incidindo sobre o 13°) com abono de 28,6% retroativo a partir de maio, mantendo a database. Inclusive, na última ata do TRT, a questão da compensação das horas de greve fica em aberto para ser negociada, ou seja, não está descartado um cenário no qual tenhamos que pagar mais de 560 horas de greve.

Deste ponto de vista é fundamental concentrarmos nossos esforços nesta semana, conseguimos o pagamento dos nossos salários mantendo e fortalecendo nossa mobilização depois dos cortes, mas isso não nos dá ainda garantias do desfecho da greve onde é fundamental garantir um acordo de nenhuma punição. Como já vínhamos dizendo, é preciso acreditar somente em nossas próprias forças, sem ilusões na justiça ou na própria Reitoria. Portanto, só mantendo nossa força e mobilização, nossa organização, podemos garantir que o resultado seja o melhor possível para os trabalhadores e a consigna desta forma manter a vanguarda organizada para os futuros combates que já estão colocados.

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