segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Depoimento do Brandão


Brandão é diretor do Sintusp e militante do Movimento Nossa Classe, foi demitido político em 2008. O fortalecimento do Sintusp e da categoria com essa greve recoloca com peso a luta pela sua readmissão que nunca deixou de ser pauta da categoria.
Apresentamos essas lições para que sejam apropriadas e contribuam na tarefa de retomar os sindicatos como ferramentas de luta, ao mesmo tempo que lutamos por organismos democráticos de base, com delegados sindicais em todos os locais de trabalho e fábricas. Isso é parte do que chamamos de frente-única operária, quando todas as tendências e correntes de trabalhadores podem se expressar nos organismos da classe com um objetivo único de levar as lutas dos trabalhadores à vitória.

As direções do movimento estudantil estiveram mais preocupadas com as eleições nacionais do que com a luta contra o desmonte da universidade. Ao mesmo tempo, houve uma importante camada de estudantes, em especial a Juventude às Ruas e o grupo de mulheres Pão e Rosas, além de estudantes independentes, que esteve lado a lado conosco nesta greve. Por outro lado, nossa Central Sindical, a CSP-Conlutas esteve muito aquém do que deveria. É preciso reverter essa situação urgentemente!

O Sintusp protagonizou a abertura de uma conjuntura mais favorável para os trabalhadores, estancando a "sangria" que vinha ocorrendo com derrotas como a do Metrô de São Paulo e outras categorias. Por isso, mais do que nunca, o Sintusp pode avançar para ser um polo classista e combativo no estado de São Paulo, como exemplo de luta em todo o Brasil.

Nós, do Movimento Nossa Classe, consideramos que fomos parte importante da direção da greve, participando do Comando de Greve em aliança, especialmente, com o Coletivo Piqueteiros e Lutadores que são outro grupo combativo histórico da categoria. Desde o início da greve demos um importante salto na construção de nosso Movimento, que hoje conta com dezenas de militantes na USP, além de estar presente em diversas categorias. O avanço do nosso Movimento é mais um saldo positivo da greve.

Tarefas do momento para os trabalhadores da USP
Por um plano de luta efetivo contra a desvinculação do Hospital Universitário e pela devolução do HRAC! Transformar o HU em uma causa popular!
Combater o Plano de Demissões Voluntárias!
Nenhuma punição e reposição de horas aos grevistas!
Construir Encontros Estaduais aumentando a unificação dos trabalhadores da USP, Unesp e Unicamp na luta contra o desmonte das universidades públicas que querem passar!
Colocar de pé uma ampla campanha pela reintegração de Brandão e dos metroviários demitidos!

Cercar de solidariedade as próximas lutas, como a greve dos bancários!

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