Brandão
é diretor do Sintusp e militante do Movimento Nossa Classe, foi demitido
político em 2008. O fortalecimento do Sintusp e da categoria com essa greve
recoloca com peso a luta pela sua readmissão que nunca deixou de ser pauta da
categoria.
Apresentamos essas lições
para que sejam apropriadas e contribuam na tarefa de retomar os sindicatos como
ferramentas de luta, ao mesmo tempo que lutamos por organismos democráticos de
base, com delegados sindicais em todos os locais de trabalho e fábricas. Isso é
parte do que chamamos de frente-única operária, quando todas as tendências e
correntes de trabalhadores podem se expressar nos organismos da classe com um
objetivo único de levar as lutas dos trabalhadores à vitória.
As direções do movimento
estudantil estiveram mais preocupadas com as eleições nacionais do que com a
luta contra o desmonte da universidade. Ao mesmo tempo, houve uma importante
camada de estudantes, em especial a Juventude às Ruas e o grupo de mulheres Pão
e Rosas, além de estudantes independentes, que esteve lado a lado conosco nesta
greve. Por outro lado, nossa Central Sindical, a CSP-Conlutas esteve muito
aquém do que deveria. É preciso reverter essa situação urgentemente!
O Sintusp protagonizou a
abertura de uma conjuntura mais favorável para os trabalhadores, estancando a
"sangria" que vinha ocorrendo com derrotas como a do Metrô de São
Paulo e outras categorias. Por isso, mais do que nunca, o Sintusp pode avançar
para ser um polo classista e combativo no estado de São Paulo, como exemplo de
luta em todo o Brasil.
Nós, do Movimento Nossa Classe, consideramos
que fomos parte importante da direção da greve, participando do Comando de
Greve em aliança, especialmente, com o Coletivo Piqueteiros e Lutadores que são
outro grupo combativo histórico da categoria. Desde o início da greve demos um
importante salto na construção de nosso Movimento, que hoje conta com dezenas
de militantes na USP, além de estar presente em diversas categorias. O avanço
do nosso Movimento é mais um saldo positivo da greve.
Tarefas
do momento para os trabalhadores da USP
Por um plano de luta
efetivo contra a desvinculação do Hospital Universitário e pela devolução do
HRAC! Transformar o HU em uma causa popular!
Combater o Plano de
Demissões Voluntárias!
Nenhuma punição e
reposição de horas aos grevistas!
Construir Encontros
Estaduais aumentando a unificação dos trabalhadores da USP, Unesp e Unicamp na
luta contra o desmonte das universidades públicas que querem passar!
Colocar de pé uma ampla
campanha pela reintegração de Brandão e dos metroviários demitidos!
Cercar de solidariedade
as próximas lutas, como a greve dos bancários!
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