segunda-feira, 8 de setembro de 2014

CorreiosPAR, um novo ataque aos tabalhadores ectistas


Por B., carteiro de São Paulo

No dia 7 de julho,  a ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telegrafos) aprovou a criação da sua subsidiaria CorreiosPAR. Nada mais é do que uma empresa privada financiada com dinheiro publico que será responsável pela administração dos setores mais lucrativos do correio como encomendas, comunicação digital, telefonia móvel, serviços bancários e transporte aéreo de cargas.
           
Essa política privatista dos correios deve ser vista como mais um ataque aos trabalhadores junto com o Postal Saude, o PDV, a não abertura de concursos públicos e a crescente terceirização. Sabemos que é enorme o numero de trabalhadores responsáveis por tais serviços. A criação CorreiosPAR abre a possibilidade de contratação de funcionários sem a necessidade do concurso publico. Políticas semelhantes aconteceram em outras estatais como Petrobras e o resultado foi a terceirização de 70% dos trabalhadores. 
           
Não podemos ver esse fato de forma isolada assim como fez o PCO em sua nota [1], sem apontar culpados, e sim como mais uma medida de ataque aos trabalhadores do governo Dilma/PT  em conjunto com a crescente terceirização, as medidas de flexibilização das leis de trabalho e os planos de reajuste econômico.
           
Estamos no período de campanha salarial dos correios, muito perto das eleições (o que potencializa o poder de uma greve) e até agora a direção da FINDECT (chapa do PCdoB) não se pronunciou sobre o assunto,  mantendo a pauta campanha exclusivamente voltada para benefícios e salário. Nada mais previsível vindo de uma direção atrelada ao governo federal. Enfrentar tal política seria criar um desgaste à candidatura da Dilma, o que seria contraditório com a política do partido.
           
Nós do Movimento Nossa Classe acreditamos que os ecetistas precisam abrir os olhos e lutar não apenas pela questão salarial, mas também contra o projeto da empresa, pois esse sim é um grande ataque ao conjunto da categoria, que talvez não seja sentido logo de cara, mas que certamente será sentido mais para frente. Um exemplo disso é a luta dos trabalhadores da USP, que esta para completar 100 dias, onde alem da luta salarial, lutam contra a privatização do Hospital Universitario, que atende toda a comunidade local.
             

Para isso é necessário superar atual direção da Findect que nada mais faz do que barrar a luta real dos trabalhadores. É necessário que os ectistas de cada cdd, agencia, ctc/cte, se organize para discutir a questão e comparecer as assembleias, impedindo as manobras da atual diretoria.

[1]http://www.pco.org.br/movimento-operario/correiosparo-que-muda-para-os-trabalhadores/ajye,s.html

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