segunda-feira, 29 de setembro de 2014

LIÇÕES DA GREVE DA USP E DAS ESTADUAIS PAULISTAS





No sábado passado, dia 27 de setembro, mais de 100 pessoas se reuniram para discutir as lições da greve da USP e das estaduais paulistas. Além de trabalhadores da USP, diversas categorias compunham o plenário, como carteiros, metroviários, professores, operários da indústria, bancários, entre outros, todos atentos às lições para construir um Movimento forte e classista apto para lutar pelos trabalhadores contra os ataques que virão do governo e da patronal. Em meio a este período de eleições, partimos de discutir também que os trabalhadores devem também fazer política contra a política da burguesia e dos seus candidatos que querem vender ilusões para os trabalhadores.
Foram 08 eixos de discussões das lições da greve.
1) “Não tem Arrego”
Diante de diversos ataques e permanecemos fortes sempre repetindo: Façamos como os garis, não tem arrego!
2) Democracia Operária
Auto-organização estimulada pelo Sintusp, Comando de Greve forte e Assembleias Soberanas.
3) Tradição aliada ao novo ativismo
Tradição de luta do Sintusp aliado aos novos ativistas.
4) Hegemonia Operária
Trabalhadores ao lado da população discutindo questões que vão além da pauta salarial.
5) Ninguém fica pra trás!
Atos pela readmissão dos metroviários, pela libertação do companheiro Fábio Hideki, contra o corte de ponto, com doações para o fundo de greve.
6) Unidade das fileiras operárias
Mostras de solidariedade de classes e unidade entre efetivos e terceirizados.
7) Mulheres na linha de frente
Importante papel desempenhado pelas mulheres nesta greve e na luta dos trabalhadores.
8) Métodos da classe trabalhadora
Piquetes, atos passeatas e cortes de rua são métodos construídos pelo nosso Sindicato que devemos manter como método de luta.
A partir dessas 08 lições aconteceram diversas falas, todas importantes para fortalecer o plano de lutas do Movimento. A mesa foi composta por Patricia Galvão da FFLCH, Bruna da Unesp de Marilia, Yuna da Prefeitura do Campus, Cleber da Faculdade de Educação, Vilma do Restaurante da Física, Claudionor Brandão diretor do Sintusp e demitido político, e Samanta do Hospital Universitário.
A companheira Yuna, da Prefeitura, fez uma das falas mais comoventes: "Nessa greve e me organizando em um movimento descobri que eu também posso sonhar por um mundo novo, e por isso a importância da participação do meu filho na greve com o Cantinho das Crianças que permitiu que ele entendesse que sua mãe sonha por um mundo melhor que é o mundo que ele vai viver".
A companheira Nani, trabalhadora da Creche Oeste, lembrou das tentativas da burguesia de fazer parecer que não existem classes sociais e como os trabalhadores devem se organizar na luta de classes. Contamos ainda com a participação do companheiro Val Lisboa, dirigente da LER-QI, que acompanhou a greve dos garis no Rio e a fundação do Movimento e saudou a luta dos Trabalhadores da USP. Companheiros do MNN (Movimento Negação da Negação), Bruno e João, também fizeram uma saudação aos trabalhadores que compões as fileiras do Movimento Nossa Classe.
Pontuamos os ataques que sofremos e a necessidade de seguir um forte plano de luta. Encaminhamos a elaboração de um jornal contendo as lições da greve que deverá sair esta semana; uma campanha de cartazes pela região com eixo na questão do Hospital Universitário; um encontro nacional do Movimento Nossa Classe que deverá acontecer em novembro, para lançarmos nosso manifesto; ter como tarefas principais a luta contra a desvinculação do Hospital Universitário e a retomada do HRAC (Bauru) e a reintegração do companheiro Brandão e dos demitidos do metrô, a luta contra o PDV, manter o apoio a lutas internacionais dos trabalhadores, principalmente Lear e Donnelley (atualmente chamada Madygraf), aprofundar a aliança entre trabalhadores e estudantes, registrar relatos da greve em um livro, participar das secretarias de mulheres (com o V Encontro marcado para novembro), de políticas anti-racistas, além de outras propostas que levaremos para o Sintusp (novas secretarias, idéias de blogs, Encontros Estaduais). Reforçamos também a necessidade de organizar as finanças do Movimento para podermos manter nossa autonomia, nossos encontros e a impressão dos panfletos, jornais e boletins.
Discutimos também de nos solidarizar com as próximas lutas, como a de bancários. A partir desses encaminhamentos partiremos para fortalecer o Movimento Nossa Classe e organizar a luta da classe trabalhadora contra governos e patrões.

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