Por Edison, cipeiro da
Ag. Sete de Abril da CAIXA (SP)
A poucos dias das eleições nacionais, os bancários de todo o
país entram em greve a partir de 30/09. Nesse ano, enfrentamos não apenas a intransigência
dos banqueiros, que continuam lucrando absurdos, mas nossas próprias direções
sindicais. Superando seu próprio histórico de traições, a direção petista do
Sindicato, em meio ao cenário em que sua prioridade é a reeleição de Dilma,
está agora “traindo a greve por antecipação”, dando todos os sinais de que a
depender deles, nem sequer haveria greve.
Porém a categoria vem de 10 anos seguidos fazendo greve, e
se habituou a usar as greves como uma espécie de válvula de escape contra as
pressões e assédios do dia a dia. Mesmo antes de qualquer assembleia, a pressão
da base deixou claro que não aceitaríamos as migalhas oferecidas pelos
banqueiros da Fenaban sem oferecer nenhuma luta.
Nossa enorme tarefa agora é transformar essa indignação e
essa pressão surda que existe na base, em uma postura ativa e militante. E
mostrar que os bancários também podem aprender com as lições das greves dos
garis cariocas e dos trabalhadores da USP.
Nesse caminho, não tardará o dia em que categoria vai poder
retomar o caminho da grande greve de 2004, em que houve uma verdadeira rebelião
de base, mas dessa vez sem recuar até expulsar os burocratas do Sindicato e
recuperar essa enorme ferramenta para a luta independente da classe
trabalhadora.
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