quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Jorna Nossa Classe USP



Conheça e construa o Movimento Nossa Classe


O Movimento Nossa Classe é composto por trabalhadores não só da nossa categoria, mas de muitas outras, lutando para unificar os trabalhadores, independente dessas divisões. Na USP, somos parte da diretoria do sindicato, e estamos atuando no CDB, nas CIPAS, e em várias unidades. Temos conosco professores, metroviários, carteiros, bancários, trabalhadores das industrias, em várias cidades, de São Paulo e outros estados. O Movimento Nossa Classe sempre defendeu os direitos dos Trabalhadores juntamente com outros movimentos, é um movimento dos explorados, contra todas as opressões, e foi fundado inspirado na greve dos garis do RJ no ano passado, defendendo suas lições, como a organização de base, a confiança nas próprias forças, a unidade e solidariedade entre os trabalhadores, a aliança com a população e a luta contra a repressão, que foram tão importantes na nossa greve. Acesse nosso blog, nos procure, e venha conhecer e construir o Movimento Nossa Classe!




O Plano de Incentivo a Demissão Voluntária, PIDV, se encerrou, e a reitoria pretende, nos próximos 3 meses, fechar mais de 1400 postos de trabalho na universidade. É menos do que o objetivo inicial da reitoria (2.800), ainda mais porque teve que ser estendido a todos os funcionários, não só os mais antigos. Mesmo assim, como já dizíamos, é um ataque enorme aos trabalhadores – aumentando a sobrecarga, o adoecimento e os acidentes --  e à qualidade da educação e da universidade, com a precarização do seu funcionamento.

E agora, muito rapidamente, isso está ficando mais claro que nunca. Já nesse primeiro mês, na SAS, onde há anos os trabalhadores adoecem e se acidentam por falta de contratação suficiente, se anunciou o fechamento do restaurante da prefeitura do Campus (e há boatos de que possam fechar outros), e a suspensão de todas as matrículas deste ano nas creches! Ou seja, primeiro sucateiam para depois fechar e terceirizar como fizeram com o restaurante da química que já foi terceirizado e com parte das creches onde já se contrata por fundação, e o caminho para outros setores da USP não será diferente.

Ao passo em que encobre as denúncias de estupros e abusos contra as mulheres na Faculdade de Medicina, a reitoria e o governo atacam primeiro os setores mais oprimidos, como as crianças, e as mulheres, que mais precisam das creches, e são a maioria das trabalhadoras da SAS e das terceirizadas, que começaram a sofrer com os cortes e demissões desde o ano passado.

Além disso, na prefeitura do Campus aumenta a terceirização dos serviços prestados, que agora poderão ser contratados diretamente pelas unidades. A USP quer falar para todos de sua excelência, mas não reconhece que se sustenta usando uma massa de mão de obra escrava, que são os terceirizados. Enquanto isso, a Prefeitura tenta convencer seus funcionários sobre a importância de um Campus Sustentável.

O Hospital Universitário é outra unidade já muito afetada: já havia tempo de espera enorme, e muita sobrecarga de trabalho, e com o PIDV alguns turnos de alguns setores ficam quase sem funcionários. A creche será simplesmente fechada. E mais de 20 trabalhadores que já tinham aposentadoria e aderiram ao PIDV foram surpreendidos com a demissão sem indenização! Em uma reunião na semana passada com os que aderiram ao PIDV, a reitoria foi questionada sobre a situação do hospital, e disse que logo viriam funcionários contratados pela secretaria de saúde. Querem implementar a desvinculação “por baixo”, sem precisar aprová-la.

No Centro de Saúde Escola–Butantã já faltavam funcionários, e população já amargava filas como a de 1.200 mulheres na espera de um simples exame Papanicolau, por falta de funcionários, e agora estão prestes a assinar um convênio com a prefeitura para entregá-lo para as “Organizações Sociais de Saúde” privadas (OSSs)!

Preparar já um plano de luta que unifique trabalhadores, estudantes e professores para barrar o desmonte da universidade!

Com os ataques se acelerando, precisamos acelerar também a nossa resposta. Não podemos esperar até a data-base (maio) para começar a nos mobilizar, porque Zago e Alckmin querem aproveitar o inicio do ano e o esvaziamento da universidade para impor as medidas de desmonte da universidade que iniciaram no ano passado.

Está claro que não há outra saída, nem meio termo: ou há reposição de todos os postos dos trabalhadores demitidos pelo PIDV – e inclusive mais contratações onde já eram necessárias -, ou a universidade vai ser desmontada. E a reitoria já deixou muito claro que quer fechar esses postos, para “enxugar” a folha de pagamento, com a desculpa da crise financeira, que quer jogar nas costas dos trabalhadores.

Além da luta pelas contratações, precisamos combater a terceirização, e a única forma de fazer isso é com os trabalhadores terceirizados do nosso lado, defendendo seus empregos, lutando por sua efetivação, sem necessidade de concurso público, pois já provaram, trabalhando, que estão aptos ao trabalho.

Para garantir essas medidas, é preciso continuar lutando por mais verbas públicas para a universidade pública e para toda a educação ao mesmo tempo em que exigimos a abertura de todas as contas da universidade.
Precisamos partir do avanço em nossa organização que conquistamos com a greve de 118 dias no ano passado e, com essas bandeiras, começar imediatamente a nos organizar a partir de cada local de trabalho, com reuniões de unidade e construindo paralisações e um forte plano de luta para barrar todas as medidas de desmonte que Zago e Alckmin já estão implementando, e nos somar aos demais setores para barrar os ajustes de Dilma. Os estudantes são os mais atingidos por algumas dessas medidas, como o fechamento do restaurante, e o fechamento de vagas nas creches, essenciais para a permanência das estudantes mães. Devemos construir uma forte aliança entre trabalhadores e estudantes desde já. Assim começaremos a construir um plano de luta unificado para defender nossas condições de trabalho e a própria universidade! 



“Novo” governo Dilma: retiradas de direitos trabalhistas, cortes e demissões!

Durante as eleições a presidenta Dilma afirmava que não mexeria nos direitos trabalhistas nem que a vaca tossisse. Pois a vaca tossiu e foi pro brejo. Após a nomeação de Joaquim Levy, ex-diretor do Bradesco, para ministro da fazenda, vieram as autoritárias medidas provisórias 664 e 665 que atacam auxílio-doença; pensão por morte; abono salarial; seguro-desemprego (Levy inclusive está dizendo que “seguro-desemprego está fora de moda”) e seguro pescador. Ficam praticamente excluídos para os trabalhadores mais jovens e mais precários, que ocupam a parcela de empregados que mais cresceu na década petista, o trabalho rotativo.

ANTES
AGORA
SIGNIFICADO
Para receber o Seguro Desemprego, o trabalhador deveria ter uma carência mínima de 6 meses. Isto é, após 6 meses de emprego, com registro em carteira, caso fosse dispensado sem justa causa, o trabalhador receberia o benefício com determinado valor, calculado sobre os últimos salários.
Pelo texto original das MPs, são necessários 18 meses de trabalho, quando o auxílio for pedido pela primeira vez pelo trabalhador, na segunda solicitação o tempo de trabalho necessário é de 12 meses, e na terceira 6 meses (o governo indica um pequeno recuo, reduzindo a carência no primeiro pedido de 18 para 12 meses, mas que ainda manteria o ataque fundamental e retiraria esse direito de metade dos trabalhadores que o receberiam hoje)
Para se ter uma ideia do que significarão na prática estes ataques, em 2013, segundo cálculo do DIEESE, 43,4% da força de trabalho foi mandada embora com menos de um ano de trabalho, ou seja, a intensa rotatividade no trabalho deixaria parcela gigantesca de nossa classe sem o seguro desemprego  (em comparação com as regras anteriores, 63% dos pedidos deixariam de ser atendidos com tempo mínimo de 18 meses; 50% com tempo mínimo de 12 meses)
O auxílio-doença consistia no pagamento de 91% do salário do segurado, observado o teto salarial do INSS. Além disso, a empresa arcava com o pagamento do respectivo valor durante 15 dias. Após este prazo, o valor era custeado pelo INSS, que também era responsável pela perícia Médica
Cabe a empresa custear o auxílio –doença por 30 dias. Porém, a perícia médica não será mais feita pelo INSS, mas caberá à empresa aceitar ou recusar o atestado médico fornecido pelo empregado.
No caso de acidente de trabalho (que no Brasil estão em torno de 750 mil por ano, apenas os registrados em Comunicado de Acidente de Trabalho [CAT]) ou doença por decorrência do trabalho, a avaliação médica fica a cargo da empresa e não mais do INSS. Isso significa que caberá à responsável pelo adoecimento do trabalhador a decisão de afasta-lo do trabalho e indeniza-lo.

Brasil, Pátria Educadora: Cortes também na educação

A presidenta abriu também um novo flanco de ataque: a educação. São mais de 7 bilhões de reais retirados do orçamento da educação (outros tantos da saúde e outros serviços públicos). Resultado disso se percebe além do âmbito federal. O governo estadual fechou salas de aulas e, as que ainda existem, estão agora super lotadas. Na USP não será diferente.

Demissões e Lay-off

O ano de 2015 já começou com a maior onda de demissões na indústria em. O governo é cúmplice, e mesmo as centrais sindicais pelegas defendem, ao invés das demissões, redução de salários e retirada de direitos, fantasiados com o nome de “Programa de Proteção do Emprego”. A greve da Volks de 11 dias reverteu 800 demissões, e aponta um caminho: demitiu, é greve!

Os trabalhadores não pagarão pela crise!
Redução da jornada, SEM redução de salário! Nenhuma demissão!
Não aos “ajustes” do governo Dilma! Barrar as MPs 664 e 665!

Máfia dos transportes é coisa do passado, a luta agora é transporte estatizado... 

A tarifa de R$ 3,50 é um roubo, ainda mais se considerarmos as precárias condições do transporte público, com linhas lotadas e ônibus insuficientes por trajeto. O que deveria ser um direito básico, é perversamente transformado num negócio lucrativo. Esse aumento significa alimentar ainda mais a máfia das empresas dos transportes, que seguindo a ordem capitalista só se preocupam com seu próprio lucro, piorando as condições de vida dos que dependem desse meio de locomoção para sobreviver. O Movimento Nossa Classe defende a estatização dos transportes sem indenização para acabar com o lucro dos empresários.

...na mão do usuário não vai ter corrupção, controle operário contra o lobby do patrão.

Além disso, sob controle dos trabalhadores do transporte e usuários, é possível organizar itinerários, número de ônibus por linha, horários para atender as necessidades da população, e garantir condições dignas de trabalho. Também é possível acabar com o desvio de verbas, o superfaturamento na compra ou reforma de ônibus e trens. Controlando a organização e o destino da verba podemos fazer um plano de obras públicas para ampliação do transporte. Lutar contra o aumento da passagem é parte da luta dos trabalhadores para garantir seus direitos e de toda a população. 

Desde já, devemos nos organizar nas unidades para exigir que a USP, assim como todas as empresas, custeie todo o valor do vale transporte; defender a reintegração dos metroviários que lutavam por seus direitos; contra a ameaça de demissão dos cobradores de ônibus e pela estatização dos transportes sob controle dos trabalhadores e usuários. Levamos essas bandeiras aos atos. 

Procure um integrante do movimento para saber como participar e apoiar. Acompanhe essa e outras ações no blog.



O Colapso do Abastecimento Hídrico e a necessidade de mobilização popular por uma saída real!

Hoje é certo de que não estamos sob uma crise de falta de água, crise é quase sempre abrupta e temporária, estamos em pleno colapso do abastecimento de água, falência, esgotamento, esfacelamento dos recursos e a culpa não é da população e não é justo que essa seja mais uma conta paga com nosso suor.

Dentre as diversas “soluções” propostas pelos governantes, vemos que nenhuma reverterá o colapso das represas, não dará conta dos impactos ambientais causados pela exploração de todos os recursos naturais pelo capitalismo, não suprirá nossas necessidades, são medidas desesperadas, mal planejadas, com intuito de cobrar de nós a responsabilidade. Em 2013 as empresas que privatizaram a Sabesp tiveram um lucro de R$1,6 bilhão, pagos por nós, e em 2014 tivemos a Copa e eleições onde houve o esforço tremendo do governo aliado às mídias para não falarem sobre a então crise hídrica já prevista há anos.

De toda a água tratada há uma perda de 40% por tubulações defeituosas e sem reparo. A privatização da Sabesp foi justificada principalmente pelo maior investimento de capital em ampliação das redes de distribuição, tratamento e reparos, podemos ver isso claramente, não é? Do que sobra, 70% vai para o agronegócio, quase 20% para as indústrias e nem 8% consumo doméstico. E agora a SABESP fala em um “rodízio drástico”, com 5 dias por semana sem água em nossas casas, para “resolver” o problema.

Nossa água alimenta indústrias que enriquecem cada vez mais e nos exploram na mesma proporção com seus produtos supervalorizados, alimenta também o mercado imobiliário com suas mega construções que consomem muita água e depois geram lucros exorbitantes às construtoras, essas dentre muitas outras coisas consomem muita água, água que nos é essencial para viver, é justo que todas continuem enriquecendo com nosso suor e agora nossa sede? E agora as industrias e comércios anunciam fechamentos em São Paulo, gerando demissões e aumento dos preços!

Por isso temos que lutar pela estatização da Sabesp, sob controle dos seus trabalhadores em aliança com a população, por políticas públicas de modernização dos recursos tecnológicos e diminuição de desperdício dos recursos naturais, que são usados para a obtenção de lucros em detrimento das nossas necessidades. Temos que nos organizar em cada local de trabalho, e também sair às ruas e como fizeram os estudantes e manifestantes em 2013. E como medidas imediatas, exigir o confisco da água das grandes distribuidoras, seus armazéns e revendedores, e distribuição nos bairros pobres; o desabastecimento dos gastos de luxo das elites, como clubes privados, piscinas, fontes, hotéis; a interrupção dos pagamentos de juros aos banqueiros e subsídios aos empresários, destinando essas enormes verbas para obras públicas que garantam novas fontes, e para a efetivação dos trabalhadores terceirizados da SABESP e contratação de mais funcionários, e investimento em infraestrutura, para acabar com os vazamentos e o desperdício; e a redução da jornada de trabalho sem redução dos salários e sem nenhuma demissão nas empresas que utilizam muita água para a produção.
Chega de alimentar com nosso suor e nossas lágrimas esses parasitas de ternos, chega de nos privar de tudo e pagarmos por todas as contas. Vamos às ruas e à luta pela água, pelos nossos direitos, pela nossa vida e nossa saúde!


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