quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Boletim Nossa Classe ABC #1




NESSAS ELEIÇÕES VOTE NA INDEPENDÊNCIA DOS TRABALHADORES! NÃO VOTE EM PATRÃO!
Como votar em um candidato que tem sua campanha toda financiada pelas grandes empresas do país e achar que vai defender os nossos interesses? Os interesses dos trabalhadores?

Dilma em todo seu mandato mostrou como fazer média com os trabalhadores e o povo pobre ao mesmo tempo em que garante aos empresários e multinacionais os lucros sobre o nosso trabalho. Aécio Neves nem se fala, governa abertamente para os ricos, faz parte do partido que sempre defende os patrões e empresários (a burguesia). Marina Silva com seu discurso de "nova política" tenta aparecer como um fenômeno novo nas eleições. Vejamos: o principal financiador de sua campanha é o banco Itaú, recordista em lucrar e roubar do trabalhador como fazem todos os bancos. Na época em que foi ministra do Meio Ambiente Marina mostrou para quem governa, aprovando leis que regulamentam a destruição da Amazônia, agradando os barões do agronegócio e madeireiras, enquanto para os trabalhadores NADA!

Pois os três candidatos acima são todos financiados por grandes empresas em suas campanhas. Dilma, em primeiro lugar em doações, já arrecadou em torno de R$ 130 milhões de reais para sua campanha.

TRABALHADOR x PATRÃO
Já ouviu falar de empresa reduzir o nível de lucro para não demitir trabalhador? Quando tem uma queda na produção ou vendas de uma empresa qual é a primeira decisão tomada para reduzir os custos? Demitem-nos!

Isso mostra como nossos interesses são contrários aos interesses dos patrões! Por isso votamos mesmo que criticamente no Zé Maria do PSTU, partido que não recebe dinheiro de empresários, que não tem rabo preso com patrão, que a partir de sua militância independente daqueles que nos exploram fazem uma campanha limpa, defendendo os interesses dos trabalhadores. Temos que fortalecer a independência de nossa classe e confiar em nossas forças! (Fico mais em dúvida desse final de como não alongar mas dar resposta!)

TRANSPORTE PÚBLICO, SOFRIMENTO PARA A POPULAÇÃO E LUCRO PARA OS PATRÕES!
Após mais um dia cansativo de trabalho é hora de voltar para casa, mas entre o serviço e nossa residência existe o transporte público, lotado, lento, caro e sem conforto, muitas vezes o roteiro para chegar ao trabalho consiste em três conduções e uma caminhada. Esta é a realidade da esmagadora maioria dos trabalhadores brasileiros.

Nós trabalhadores do ABC sofremos dia após dia com o transporte em nossa região, entrar no horário de pico no trem que nos liga a São Paulo é um grande desafio, esperar os ônibus intermunicipais da empresa EAOSA é um teste de paciência, emfim não existe alternativa para conseguir voltar para casa tranquilamente, depois de trabalharmos horas e horas sem descanso.

Desde o ano passado, a população em todo o Brasil está lutando por um transporte público de qualidade e mais barato, foram muitas as mobilizações, os trabalhadores e a juventude de Mauá começaram a se organizar logo no início do ano, antes mesmo das grandes marchas de junho. Além disso, nos últimos meses aconteceram duas paralisações de Motoristas e Cobradores também em Mauá que reivindicavam melhores condições de trabalho e o pagamento dos direitos trabalhistas dos companheiros demitidos, como em toda greve os patrões e a imprensa local tentaram esconder o real motivo da paralisação colocando os usuários contra os trabalhadores. Essa tática é usada não somente nos dias de greve mas no dia a dia, quando o ônibus atrasa ou mesmo quebra no caminho, a população logo se revolta contra o motorista, mas na verdade toda a responsabilidade é dos patrões que controlam uma verdadeira máfia do transporte público, eles são os responsáveis por colocar transporte de qualidade em circulação, não fazem isso porque com o transporte precário, lotado e os baixos salários eles lucram muito mais!

Os trabalhadores do transporte e os usuários têm interesses em comum, ao contrário do patrão que lucra com cada viagem de ônibus lotado. Portanto, uma greve dos rodoviários é uma greve que defende o interesse geral da classe trabalhadora.

Somente a união dos trabalhadores do transporte com os usuários contra os patrões que lucram rios de dinheiro pode estabelecer um transporte público de qualidade a serviço dos trabalhadores.

EM QUEM CONFIAR?
As eleições põem a ilusão da escolha na mão da população, mas que escolha são essas? Atrás dos três presidenciáveis em destaque nas pesquisas os interesses dos grandes patrões, Aécio e Marina preparam mudanças diretas nas leis trabalhistas, FGTS, 13°, férias, etc., mas Dilma apesar de dizer que não vai mudar a CLT, através das principais centrais sindicais, CUT, Força, entre outras, traz ataques a vida dos trabalhadores com o suposto Programa de Proteção ao Emprego (PPE). Esse programa não nos protege de nada na verdade, implanta definitivamente um lay-off mais agressivo. Um trabalhador de uma empresa em “crise” pode ser suspenso por dois anos com apenas 67% do salário sem nenhuma garantia de volta ao emprego, quantas demissões na cadeia produtiva não geram 1.000, 2.000 operários suspensos em uma montadora?

A maioria dos sindicatos vem sendo mais uma extensão do RH das firmas do que a defender os interesses dos peões, se nas montadoras aparentemente fazem algum barulhonas fábricas médias e pequenas nada fazem, qualquer operário pode falar sobre o assédio moral, horas de trabalho não pagas ou mesmo as demissões tão comuns antes e após as campanhas de reajuste salarial, onde está o sindicato dos Químicos do ABC, onde está o sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá ou de São Bernardo?

Nesse último mês houve queda nas vendas de automóveis, porém aumento na produção industrial e diversas montadoras preparam grandes investimentos em 2015 no país, realmente se aproxima uma crise ou há uma chantagem frente às eleições para ver quem faz o trabalhador dar mais lucro para os grandes empresários?
A verdadeira escolha que nós trabalhadores e população pobre temos, é seguir o exemplo de nossa classe! Em junho do ano passado a juventude mostrou que na luta podemos conquistar, a garizada do Rio lutou e mesmo com a traição de sua direção sindical pelega conquistou 37% de aumento! Os trabalhadores da USP junto ao seu sindicato combativo através da mais ampla democracia operária construíram sua greve de 116 dias na base, com delegados eleitos e revogáveis a qualquer momento e conseguiram arrancar o reajuste que Reitor e Governo negavam, mas, mais que uma vitória econômica, mostram que nossa real escolha não está no voto em candidatos de patrões e sim na auto-organização de nossa classe!


Conheça e Faça Parte do Movimento Nossa Classe!
Nosso movimento surgiu no calor da greve do Garis do Rio de Janeiro e se fortaleceu com a histórica greve da USP. Lutamos para que Nossa Classe se unifique e possa combater com um só punho os ataques dos governos e patrões. Podemos vencer se estivermos firmes e organizados! A cada nova experiência dos trabalhadores nossa luta fica mais forte, por isso chamamos você a conhecer nossas ideias e a participar conosco dessa apaixonante tarefa!

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