terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Crônica do combate cotidiano na indústria



Metalúrgico, Osasco.

Trabalho numa metalúrgica de Osasco (SP) lavando peças em óleos e solventes. Como a ganância do patrão não tem limites, executo esta função sem os EPIs necessários, ou seja, fico exposto diariamente a uma grande quantidade de produtos químicos, muito deles proibidos e cancerígenos, como o é o caso do percloroetileno, ou percloro, um solvente que quando utilizado sem proteção causa dor de cabeça, tontura, náusea, problemas respiratórios,desmaios, além de ser comprovadamente um produto cancerígino.

Mas hoje não trabalho mais com este produto, não porque "pedi as contas" ou fui demitido, mas porque decidi combater esta situação terrível junto ao Movimento Nossa Classe.
Primeiro nós organizamos uma campanha dentro da fábrica com panfletos e matérias da internet sobre os riscos do percloro, depois eu denunciei a empresa no Ministério Público do Trabalho e no mesmo dia me recusei a trabalhar com este produto. E o patrão tem "que engolir a seco" porque a peãozada não quer mais trabalhar com o percloro, mostrando que a organização e a luta dos trabalhadores pode combater este e outros ataques.

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