terça-feira, 18 de novembro de 2014

Trabalhadores da USP contra os estupros e assédio faculdade de medicina

Na última semana vieram à tona os absurdos e escandalosos casos de estupro, assédio, machismo, racismo e homofobia na faculdade de Medicina da USP. O caso se tornou um escândalo midiático. Os trabalhadores da USP se posicionaram prontamente. Abaixo reproduzimos a Declaração do Sintusp e algumas fotos que os trabalhadores tiraram contra esses casos.

Declaração da Diretoria do Sintusp sobre os casos de estupro na Faculdade de Medicina da USP

Nos últimos dias as páginas dos jornais foram estampadas com graves denúncias de inúmeros casos de estupro e assédio na Faculdade de Medicina da USP, contando com "vistas grossas" da Direção da Faculdade que inclusive, segundo o deputado Adriano Diogo, tentou intimidar a realização de Audiência na Assembléia Legislativa que debateu estes casos.

A absurda preocupação de alguns setores que estes casos "manchem" o nome da instituição só mostra a hipocrisia desta Universidade que prefere jogar pra debaixo do tapete estupros, assédios e violência para manter seu nome e sua reputação. Ao contrário, é necessário escancarar toda esta situação, bem como a situação de estupros em toda a Universidade, por isso a Reitoria deveria imediatamente divulgar os números - e não os nomes das vítimas - para que o conjunto da comunidade universitária conheça a real situação desta violência, num país em que ocorrem mais de 50 mil estupros por ano.

É preciso a mais ampla campanha contra toda esta violência, que nesta semana também se escancarou na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, num questionamento também aos profissionais que estão se formando e a forma como estes tipos de atos estão já praticamente institucionalizados. Estudantes, trabalhadores e professores devem se unir na mais ampla campanha, junto a organizações de mulheres e de direitos humanos, organizando atos, manifestações, campanhas de cartazes e todas as ações unitárias, exigindo justiça para as vítimas.

A Faculdade de Medicina declarou que irá criar um Centro controlado pela própria direção e médicos especialistas para lidar com as situações. Mais uma vez as mulheres não terão voz. Qualquer Centro com este fim deve ser controlado pelas vítimas, organizações de mulheres e direitos humanos, sem a presença da polícia. Ao mesmo tempo a apuração organizada pela Direção da Faculdade mostra todos seus limites: o presidente da mesma acaba de renunciar. É preciso que as entidades de estudantes, trabalhadores e professores organizem uma apuração independente em apoio às vítimas.

Chamamos toda a categoria de trabalhadores e trabalhadoras da USP a repudiar com firmeza toda a violência e estupro contra as mulheres.

Diretoria Colegiada Plena do Sintusp
São Paulo, 14 de novembro de 2014


Trabalhadores do Restaurante Universitário da USP 

Trabalhadores do HU da USP 

 
Trabalhadores da Faculdade de Odontologia da USP

Trabalhadores da Faculdade de Educação da USP

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