quinta-feira, 8 de maio de 2014

Propostas do Movimento Nossa Classe para avançar a luta dos trabalhadores em todo o país




1 – Avançar na organização dos trabalhadores pela base


Não podemos esperar que a luta venha das direções sindicais burocráticas. Precisamos nos organizar pela base em cada local de trabalho. Onde for necessário, como nas fábricas, clandestinamente, evitando a repressão da patronal e os dedo-duro. Temos que ter confiança de que alguns que assumem essa tarefa fazem toda diferença, foi assim que fizeram os garis do RJ, alguns mais ativos começaram, depois suas gerências pararam e a partir de algumas gerências influenciaram toda a categoria.


2 – Unir as greves e campanhas salariais em uma jornada de paralisações e atos


Nas categorias que estão em greve agora ou em campanha salarial, temos que fazer como os garis, aproveitando a Copa do Mundo (como eles fizeram com o carnaval) para arrancar nossas demandas mais importantes. Tem que ser convocadas grandes assembleias e votar a unificação das campanhas salariais com as greves em curso, exigindo de cada sindicato que lute efetivamente e que convoque encontros regionais dessas categorias, onde tenhamos representantes eleitos pela base, para coordenar as lutas. A partir dessas categorias, e dos sindicatos onde a esquerda dirige, temos força para exigir das centrais sindicais que convoquem uma paralisação nacional (com piquetes, bloqueios de avenidas e rodovias) para arrancar as reivindicações dos patrões e governos. Podemos obrigar a CUT, Força Sindical, UGT e outras a convocar ações como essa se a pressão da base aumenta, que foi o que aconteceu na Argentina.


3 – Lutemos unificados pelas demandas dos trabalhadores e do povo


Sobram motivos para uma luta nacional como essa, além das demandas de cada categoria, seria uma oportunidade para lutar: a) contra a precarização do trabalho e a terceirização, defendendo a efetivação sem necessidade de concurso público ou processo seletivo; b) pelo salário mínimo do DIEESE (R$ 2992,19) e gatilho automático de acordo com o aumento do custo de vida; c) além de re-colocar as demandas que surgiram nas manifestações em junho do ano passado, como a retirada de todos os aumentos das passagens, a melhoria dos serviços públicos e do transporte (que para nós só pode melhorar efetivamente com a estatização sob controle dos trabalhadores e usuários) e a luta contra a repressão; d) punição e confisco dos bens de todos os corruptos e que todos os deputados e funcionários públicos de alto escalão (do executivo, legislativo, juízes, etc) ganhem o mesmo salário que uma professora efetiva.


4 – Lutemos para tirar as burocracias dos sindicatos e recuperá-los para a luta

Todos percebem como a maioria dos dirigentes sindicais não estão do lado do trabalhador. Há aqueles que, em resposta a isso, se desfiliam ou acham que os sindicatos não podem mais servir para a luta. Com as direções de hoje não vão servir mesmo. Mas se avançamos na nossa organização pela base (usando as bancadas eleitas pelos trabalhadores nas CIPAs, delegados sindicais e todos os espaços que pudermos), podemos e devemos tirar esses burocratas dos sindicatos e coloca-los a serviço da luta.

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