quinta-feira, 8 de maio de 2014

Nossa classe viu que não pode esperar mudanças de cima




Está surgindo um novo movimento operário em todo o Brasil

O povo elegeu Lula e Dilma com grande expectativa de mudança. Em anos de crescimento econômico, quem mais ganhou foram os empresários e banqueiros. Foi por isso que milhões saíram às ruas em todo o país em junho de 2013. Os governantes recuaram nos aumentos das passagens, mas já estão aumentando novamente e ignoraram as demandas de serviços públicos de qualidade. Seguimos sofrendo no transporte público, nas filas dos hospitais, com racionamento de água, educação precária e os baixos salários (segundo um órgão do governo, o DIEESE, o salário mínimo deveria ser R$ 2992,19). Enquanto isso, o governo e os capitalistas só se preocupam com a Copa, reprimem o povo pobre e negro nas periferias e morros, os políticos seguem roubando descaradamente e 42% do orçamento público é destinado para grandes banqueiros (através do pagamento da dívida interna e externa). A oposição burguesa, encabeçada pelo PSDB (mas que agora lança também Eduardo Campos do PSB), faz discurso contra o governo, mas não é nenhuma alternativa, ao contrário, são representantes ainda mais diretos dos empresários.

Disseram que o gigante tinha dormido depois que retrocederam as manifestações de junho. Mas o gigante mais forte de todos, a nossa classe trabalhadora, que faz tudo nesse país se mover, é quem está acordando. Quando houve as manifestações de junho de 2013, muitos trabalhadores em todo o país quiseram lutar, mas foram impedidos pelas burocracias sindicais. Centrais sindicais como CUT, UGT, CTB e Força Sindical só querem saber de proteger os seus privilégios e o de seus parceiros nos partidos do governo ou da oposição burguesa.

Mas o número de greves não para de crescer ano a ano, a organização dos trabalhadores pela base avança e surge uma nova militância de trabalhadores em várias categorias, começando a fazer grandes greves e manifestações contra a vontade dos burocratas sindicais, deixando os patrões e os governos de cabelo em pé. O maior exemplo foi os garis do Rio de Janeiro, mas também foi o que ocorreu em greves de garis de vários outros estados e principalmente no ABC paulista. Rodoviários de Porto Alegre também fizeram uma grande luta. Professores do Rio de Janeiro conseguiram no ano passado um apoio popular para sua greve que não ocorria há décadas. Nesse momento, há uma onda de greves no país que há anos não se via. Professores e servidores em vários estados. Garis de várias cidades. Estaleiros de Niterói (RJ). E muitas outras categorias pelo país. O ramo da metalurgia começa a organizar greves e outras medidas de luta como operações tartaruga contra as demissões, o lay-off, as férias coletivas, entre outros ataques. Infelizmente, ainda não como necessitamos para barrar os ataques devido ao controle da burocracia sindical, que seguem nos dividindo e fazem do 1º de maio um dia de festa e não de luta. Sofremos com os mesmos problemas. Se unificamos as lutas teremos muito mais força.

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