Márcio
Barbio, diretor da APEOESP e Maíra Viscaya,
Conselheira Regional da APEOESP
Dando prosseguimento a solidariedade que o Movimento Nossa
Classe e a Juventude as Ruas tem dado aos trabalhadores, estivemos presentes
hoje na assembleia dos trabalhadores da Volkswagen em São Bernardo do Campo. A
fábrica segue paralisada contra as 800 demissões imposta pela patronal, em
desrespeito inclusive ao Acordo Coletivo de 2012, que como explicamos em outra
nota garantia a estabilidade no emprego até 2016 em troca de outros direitos.
Insistimos que essa é uma greve que pode marcar o caminho
que a classe trabalhadora vai trilhar nesse ano de 2015, ano onde o Governo
Dilma, já anunciou que será um ano de “ajustes”, ou seja, arrocho e ataques aos
direitos dos trabalhadores, como já estamos vendo.
O Sindicato dos Metalúrgicos, ligado diretamente ao lulismo,
tem feito de tudo por manter a luta dentro da fábrica, sem ações de ruas e sem
chamar a solidariedade ativa aos demais trabalhadores, fazem isso para não
colocar em risco as reformas que o governo de seu partido PT e sua presidenta Dilma já estão fazendo. Além disso, a linha
de manter as lutas isoladas, da Volks e Mercedes, alimenta a ilusão de que os
trabalhadores devem confiar nas negociações por empresa, porém só a luta
conjunta das duas empresas e do conjunto dos metalúrgicos do ABC é o que poderá
preparar um plano para toda a categoria contra os ajustes patronais.
Dilma disse na posse
"nemhum direito a menos", mas nada faz para garantir nosso (de todos)
direito ao emprego. Somente com assembleias conjuntas, passeatas e
solidariedade de classe, os trabalhadores poderão vencer. Se a produção tem que
ser ajustada, os patrões que devem pagar com a redução das jornada de trabalho
para 30 horas semanais, sem redução de salário para garantir os empregos de
todos!
Nesse sentido hoje levamos uma nutrida delegação composta de
professores, bancários, trabalhadores da USP, metroviários e estudantes para
expressar nossa inteira solidariedade com essa importante luta.
Bruno Gilga, diretor do Sindicato dos trabalhadores da USP,
declarou hoje em frente a fábrica que: “todo mundo tá vendo na imprensa, a Volkswagen
falando que precisa demitir por causa da retração da economia, no mesmo dia em
que a gente vê sair na imprensa os lucros recordes da mesma Volkswagen no mundo
inteiro, uma montadora que bateu todos os recordes esse ano, foi a que mais
vendeu, não tem desculpa nenhuma. Quer demitir os trabalhadores para poder
lucrar ainda mais.”
Marcio Barbio, diretor da APEOESP colocou que “derrotar
essas demissões é uma tarefa dos companheiros da Volks, mas também de toda a
classe trabalhadora. O governo Alckmin está promovendo a demissão de 20 mil
professores precarizados, por isso companheiros, todos juntos a vitória de você
é a nossa vitória, a luta de vocês é a nossa luta.”
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