NENHUMA PUNIÇÃO AOS
LUTADORES: ABAIXO A COMPENSAÇÃO DE HORAS!
PAGAMENTO IMEDIATO DO
ABONO SALARIAL DE 28,6%!
A reitoria da USP e o
governo de São Paulo tentaram de todas as formas derrotar a greve dos
trabalhadores das universidades estaduais. Agora, Zago que, foi obrigado a
devolver os salários descontados e sofreu uma derrota na justiça, não quer
cumprir nem mesmo o abono salarial de 28,6% apontado pelo TRT!! Depois de
dizer na imprensa que “está se divertindo” diante de uma crise politica que já dura
quase 4 meses, Zago quer punir os trabalhadores com a reposição de todas
as horas de mais de 110 dias de uma greve se estendeu pelo autoritarismo da
própria reitoria atacando ao direito de greve e buscando “acabar com a dinâmica
de sindicalismo no meio acadêmico”. Apoiados na força do nosso movimento
enfrentamos o corte de ponto, a repressão policial e o autoritarismo da
reitoria durante mais de 110 dias de greve, SEM ARREGO!! Não aceitaremos
nenhuma punição aos lutadores! Abaixo a reposição de horas! Pagamento imediato
do abono salarial de 28,6%!
Mais verbas para as
universidades e para a educação! Abertura de todas as contas! Abaixo os
privilégios da burocracia acadêmica!
O debate sobre
a crise orçamentária na USP continua presente nas declarações de Zago e Alckmin
que se negam a tratar do necessário aumento de verbas para a universidade e
para a educação, resumindo a questão a um problema de gestão. Esta é a forma de
justificar que a crise seja descarregada nas costas dos trabalhadores que pagam
com seus salários e empregos uma crise provocada pela reitoria, pela burocracia
acadêmica e pelo governo que, mantém o segredo total nas contas da universidade
e se negam a reconhecer que as universidades estaduais paulistas passaram por
uma enorme expansão nos últimos anos, mantendo um orçamento baseado nos mesmos
9,57% do ICMS desde 1995 (!!) e desde então se negando a aumentar as verbas
para as universidades e para a educação. É necessário abrir as contas da
universidade e acabar com os privilégios da burocracia acadêmica e ao mesmo
tempo impor através de nossa luta o aumento de verbas para as universidades e
para a educação!
JOÃO DONATI PRESENTE! Punição aos responsáveis! Abaixo a homofobia!
Na última quarta-feira mais um jovem homossexual foi brutalmente
assassinado. Dessa vez, no país com maior índice de assassinatos de homo e
transsexuais no mundo (um por dia), a vítima foi o goiano Joao Donati. A
homofobia se expressa no cotidiano de todo trabalhador: começa na piada, passa
pelo deboche e isolamento e pode chegar até mesmo na agressão e assassinato.
Toda essa opressão que reproduzimos contra uma pessoa que se identifique
com o gênero (homem/mulher) oposto do qual ela nasceu (travesti e transexual)
ou contra uma pessoa que sinta desejos sexuais por outra do mesmo gênero
(homossexual - gay e lésbica) nos é ensinada desde cedo dentro das nossas
famílias, nas escolas, nos programas de televisão e também em algumas igrejas.
Essa opressão também é incentivada por vários partidos, governos e bancadas
parlamentares e encoberta pelas instituições do Estado, como a polícia e a
justiça.
Nessas eleições vemos, por um lado, Marina (PSB) e Aécio (PSDB)
retirarem de seus programas de governo qualquer menção ao combate à homofobia
ou a igualdade de direitos entre as pessoas, independente de seus desejos
sexuais, por outro lado, Dilma (PT) faz promessas de criminalizar a homofobia e
aprovar o casamento igualitário após passar quatro anos governando aliada com
Marcos Feliciano (PSC) e sua bancada parlamentar e vetando projetos como o Kit
anti-homofobia.
Não podemos esperar deles
nenhum combate sério à homofobia. A classe dominante utiliza dessa e de outras
formas de opressão para dividir nossa classe e melhor explorar os
trabalhadores, por isso precisa partir de nós, trabalhadores em greve, a
resposta para o assassinato de João Donati e tantos outros homossexuais. A ida
de uma delegação do Comando de Greve ao ato de sábado passado contra a
homofobia é um exemplo a ser seguido por todas as categorias. Também a
iniciativa do DEBATE SOBRE AS OPRESSÕES, terça-feira, 16/09, às 9 horas no
SINTUSP, contra o machismo, a homofobia e a transfobia é um espaço de
fundamental importância para toda a nossa categoria participar!
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