Nossa Classe Unicamp
Essa foi a mais importante greve da história da
Unicamp, não só pela duração e os adversários que enfrentamos, mas pelo
principal saldo da luta: a unidade e o protagonismo ativo das bases dos
trabalhadores nos rumos da greve. A vontade da base de ir até o fim enquanto
existissem forças para vencer foi crucial para seguirmos lado a lado dos
companheiros da USP e da UNESP nos atos, manifestações, passeatas unificadas, e
botar em prática a lição do “não tem arrego!”. Sem dúvida, a nova geração de
ativistas combativos, auto-organizados nas unidades, que surgiu na Unicamp foi
um ganho enorme para os próximos combates. Assim como a aliança com os estudantes,
principalmente do CACH nos atos, trancaços e outras ações. Isso foi importante
pois, diferentemente do Sintusp que serviu para impulsionar democraticamente a
luta, nosso sindicato, o STU, não esteve a serviço de desenvolvê-la até o fim.
Dirigido pelo PCdoB, mas composto por distintas forças políticas (PSOL, PSTU e
um grupo da Reitoria), a maior parte da diretoria se conciliou com as manobras
da ala majoritária, abandonando a luta pela pauta unificada defendendo terminar
a greve antes do triunfo! Mas nossa organização de base se fortaleceu e
começamos a construir uma alternativa a partir da base, assumindo para nós as
rédeas da luta, com participação nas decisões, dividindo tarefas para garantir
os avanços e para recuperar nosso sindicato para a luta.
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