Por carteiros e delegados sindicais de SP
A categoria estava inflamada pra campanha salarial.
A última assembleia realizada em SP estava lotada como não se via há anos. A
proposta oferecida pela empresa e defendida pela direção do sindicato era de
R$200 como bonificação, por fora do salário, o que na pratica significa
reajuste de 0%. Na votação, a proposta de greve claramente ganhou por ampla
maioria. Mesmo com a enorme energia da base pela greve, os diretores do
sindicato do SINTECT-SP (ligados ao PCdoB/CTB, base do governo Dilma) mentiram
dizendo que foi votado aceitar o acordo, afundando o movimento na maior base do
país. O preço pago foi que a base deu uma surra nos burocratas no final da
assembleia (o que, diga-se de passagem, foi pouco pelo tamanho da traição). No
Rio de Janeiro, os mesmos burocratas, com medo de nova surra, aprovaram a
greve, que durou dois dias antes de repetir o que foi feito em São Paulo e
manobrar a assembleia pra acabar com a greve. A resposta dada pela base também
foi de ir para cima. Esta não foi a primeira vez que a direção da CTB trai nem
será a ultima e a oposição não vem sendo alternativa real. Os ataques do
governo e da empresa continuam aumentando. Precisamos nos organizar e nos
articular pela base pra fazer como os garis do Rio, que atropelaram seu
sindicato e ganharam da empresa e do governo. Com isso, podemos chegar a retomar
o sindicato pra luta, para fazer como o Sintusp.
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