A máscara da Reitoria caiu. Para
os que ainda tinham dúvida a Reitoria apresentou
oficialmente propostas para o reequilíbrio financeiro da USP. O pacote de
maldades da traz um Plano de Demissão Voluntária para demitir cerca de 3.000
funcionários do quadro atual. O Reitor não diz o que fará caso essa meta não
seja alcançada “voluntariamente” – pois muitas vezes é por pressão e assédio
moral. Também apresentou o projeto de flexibilização da jornada de trabalho com
redução salarial. Zago diz que a crise foi causada por excesso de contratação
de funcionários, mas a verdade é que entre 1989 e 2012 o número de cursos de
graduação cresceu 98%, o número de alunos de graduação, mestrado e doutorado
cresceu 94%, e o número de professores cresceu somente 4%, enquanto o número de
funcionários diminuiu 5%!!! Isso mostra o que já sabemos: faltam funcionários
em muitos setores, e a consequência é sobrecarga, adoecimento e acidentes de
trabalho, que só vão piorar com essa redução da jornada de trabalho e corte de
quase um quinto dos postos de trabalho!
Neste mesmo pacote, está incluída
a desvinculação do Hospital Universitário e do HRAC de Bauru (Centrinho)
passando para a administração das fundações privadas ligadas à Faculdade de
Medicina. A permanência estudantil também seria repassada para gerenciamento do
Estado, ferindo a autonomia universitária. As bilionárias obras inacabadas segundo
o Reitor também “seria bom que o Estado se responsabilizasse”. Na Folha de São
Paulo o Reitor também disse que poderia dar reajuste salarial (inflação) no
caso de todo esse plano ser implementado! Quer trocar nosso salário pelo
desmonte da USP, por mais 3.000 postos de trabalho fechados através do PDV,
além dos empregos do HU e do HRAC que ficariam na USP “até serem gradativamente
substituídos”, ou seja demitidos. Não podemos aceitar!
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