por Bruno Rocha (Gilga), representante dos trabalhadores no Conselho
Universitário
Está ganhando cada vez mais
peso a luta pelo “Fora Zago!”, conforme vai ficando cada vez mais claro que ele
é um inimigo da universidade! Mas o que queremos em seu lugar? O vice, que está
ao seu lado? Algum outro reitorável, ou membro da burocracia universitária que
o apoia? Um dos tantos diretores que não se pronunciaram até agora contra tudo
o que está acontecendo? Não! Também fica cada vez mais claro que não se trata
de um problema de “competência” para administrar, nem de vontade individual,
mas de um plano do governo apoiado por toda a burocracia. Toda a estrutura de
poder da USP, da reitoria e do Conselho Universitário, até a hierarquia nos
locais de trabalho, foi criada pela ditadura militar, permanece intocada, e
serve para manter esta ordem. O conselho universitário é uma casta onde,
segundo denúncia da ADUSP, um terço dos professores é proprietário ou dirigente
de fundações privadas ou empresas terceirizadas que lucram na USP! O próprio
“reitorado” é um cargo que concentra quase todo o poder na universidade e não
deveria existir.
É preciso dissolver o C.O. e
toda essa estrutura de poder, pra que estudantes, trabalhadores e professores
tomem nas mãos os rumos da universidade. A greve dá sinais da força da nossa
organização e de como podemos controlar a universidade. Por isso a única
resposta para a democratização real da estrutura de poder é construir, através
da própria mobilização, uma Assembleia Estatuinte Livre e Soberana, ou seja, um
espaço onde estudantes, trabalhadores e professores possam debater e decidir,
com total liberdade e poder de deliberação, sobre os objetivos da universidade,
seu papel, o acesso a ela, e todos os demais temas fundamentais de seu
funcionamento.
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