Por uma campanha
nacional contra a repressão
Fábio
Hideki, preso político, solto depois de 45 dias, em seu retorno à assembleia de
trabalhadores da USP)
Fábio
Hideki é estudante, é trabalhador do comando de greve da USP, uma universidade
que se propõe democrática, embora não seja. Lutou e luta por uma universidade
pública, gratuita e de qualidade para todos. Luta por moradia estudantil. Pelo
direito das mulheres e das minorias. Como trabalhador da saúde, vivencia
diariamente o sistema de moer gente. Sua luta, aliada ao SINTUSP, é por
salário, é por melhores condições de trabalho.
Governos, reitores e patrões,
apoiados na truculência da polícia militar e com a complacência do judiciário,
criminalizam, processam e demitem grevistas, reprimem piquetes com a PM, prendem
forjando provas, como ocorreu com Fábio Hideki e os lutadores do RJ e MG, multam
sindicatos ou cortam os salários de trabalhadores que estão exercendo o
legítimo direito de greve.
Nessa escalada de
autoritarismo do governo Alckmin, Cabral e outros, a regra é punir, com mãos de
ferro, todos aqueles que ousarem romper com a lógica da exploração do capital. Nesta
democracia liberal não existe justiça desinteressada. Foi assim com Fábio e com
os 42 metroviários de SP demitidos. Também foi assim com a demissão política de
Claudionor Brandão, que vamos reintegrar ao trabalho com a luta, assim como
fizemos com Hideki.
Mas a repressão vai além, Rafael
Braga, morador de rua negro, segue preso condenado desde junho/13 por portar
pinho-sol, escancarando o racismo.
Precisamos unir todas as forças numa grande campanha nacional contra a repressão, partindo de não aceitar mais nenhum preso por lutar. Foi a pressão dos movimentos sociais e sindicais nas ruas, com atos, plenárias, furando o silêncio imposto pela mídia, que libertou Fábio. Fizemos Alckmin dobrar os joelhos, retroceder, desmoralizando a ele e à polícia. Que não haja dúvidas da força da classe trabalhadora. Não tem arrego!
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