Carta do Sindicato dos Trabalhadores
da USP
Nós, trabalhadores da USP, em greve há mais de 70 dias, pedimos sua
ajuda para podermos continuar lutando e mesmo sobrevivendo. Milhares de colegas
estão sem seus salários e não sabem como farão para pagar suas contas e
alimentar suas famílias.
Estamos lutando pela Universidade, educação e saúde públicas e contra a
desvalorização dos nossos salários, única forma de sobrevivermos. A burocracia
universitária frequentemente recebe salários maiores que o do governador (que
declarou ter 1 milhão de patrimônio), além de ganhar por fora com
negociatas e fundações privadas. O Reitor Zago ganha mais de 26 mil reais
e esta arrochando nossos salários ao não oferecer reajuste algum, utilizando
mentiras quanto ao valor dos nossos salários e o argumento do comprometimento
das contas da universidade, as quais nem nós nem a população, temos acesso. Eles
não sentem a pressão da inflação e arrocham nossos salários. Não lutam pela
Universidade nem pela sobrevivência e cortam ilegalmente nossos salários por
fazer greve. Pedimos que ajudem como puderem, com qualquer valor. Precisamos de
sua solidariedade para nos mantermos em greve sem termos nossas condições
mínimas de vida arrancadas. Seu apoio será sempre lembrado por nós!
Conta do fundo de greve: Banco do
Brasil, Agência 7068-8, Conta poupança 5057-1 Variação 51

Jorge Luiz Souto Maior, professor da USP, juiz do trabalho, também filiado ao Sintusp, doou todo seu salário do mês como professor ao fundo de greve porque “a causa da greve é extremamente importante. Trata-se de uma luta pela dignidade e pelo efetivo funcionamento democrático de uma instituição pública (...) os ataques aos grevistas têm sido ilegais, desproporcionais, autoritários e ofensivos, culminando com o corte de salários que põe em risco a sobrevivência de muitos (...) se alguns trabalhadores não vão receber salário não é justo que eu receba, o que não representa afastar a compreensão de que o não pagamento do salário é ilegal (...)”
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