Lucro a suor e sangue
No Brasil são mais 780 mil
acidentes de trabalho por ano, quase 250 mil só em nosso estado. Mais de 2800
destes casos terminam em morte, ou seja, quase 8 trabalhadores morrem por dia
durante o trabalho. As empresas não só querem nosso sangue em produtividade,
mas também nosso sangue em mutilações, esmagamentos, quedas e mortes. Os
patrões preferem ter que pagar uma indenização aqui e outra ali a ter que investir
em proteção, em prevenção, e mesmo diminuir o ritmo de trabalho, pois o cálculo
é que sai mais caro proteger nossa vida – afinal, quem paga auxílio-doença não
são os patrões, o custo é bancado pelo governo. Não bastasse esse completo
descaso ao transformarem muitos locais de trabalho em moedores de carne humana,
sempre querem colocar a culpa nos trabalhadores. Basta ver que os pequenos
acidentes cotidianos dentro das empresas, cortes, pequenos esmagamentos, jamais
são socorridos e muitas vezes o trabalhador tem que seguir ralando.
Longas jornadas de trabalho
Não bastasse o descuido com nossa
proteção e nossa vida, as empresas tem exigido cada vez mais longas jornadas de
trabalho. Seja dispensando trabalhadores mais cedo porque deu problema na
máquina, ou porque a produção está baixa, e depois cobram o pagamento destas
horas, deixando trabalhadores por mais 12h seguidas ralando; seja exigindo
horas extras que chegam a quase 15h de trabalho por dia. Estes são casos absurdos
que acontecem aqui em nossa região. Esses casos de jornadas de trabalho
absurdas são grandes causadoras de acidentes e mortes no trabalho, como
aconteceu com os operários da construção civil que morreram na obra do Shoping
Iguatemi, com os dois trabalhadores que já trabalhavam a mais de 12h seguidas.
0 comentários:
Postar um comentário