1 – Avançar
na organização dos trabalhadores pela base
Não podemos esperar que a luta venha das direções sindicais
burocráticas. Precisamos nos organizar pela base em cada local de trabalho.
Onde for necessário, como nas fábricas, clandestinamente, evitando a repressão
da patronal e os dedo-duro. Temos que ter confiança de que alguns que assumem
essa tarefa fazem toda diferença, foi assim que fizeram os garis do RJ, alguns
mais ativos começaram, depois suas gerências pararam e a partir de algumas
gerências influenciaram toda a categoria.
2 – Unir as
greves e campanhas salariais em uma jornada de paralisações e atos
Nas categorias que estão em greve agora ou em campanha
salarial, temos que fazer como os garis, aproveitando a Copa do Mundo (como
eles fizeram com o carnaval) para arrancar nossas demandas mais importantes.
Tem que ser convocadas grandes assembleias e votar a unificação das campanhas
salariais com as greves em curso, exigindo de cada sindicato que lute
efetivamente e que convoque encontros regionais dessas categorias, onde
tenhamos representantes eleitos pela base, para coordenar as lutas. A partir
dessas categorias, e dos sindicatos onde a esquerda dirige, temos força para
exigir das centrais sindicais que convoquem uma paralisação nacional (com
piquetes, bloqueios de avenidas e rodovias) para arrancar as reivindicações dos
patrões e governos. Podemos obrigar a CUT, Força Sindical, UGT e outras a
convocar ações como essa se a pressão da base aumenta, que foi o que aconteceu
na Argentina.
3 – Lutemos
unificados pelas demandas dos trabalhadores e do povo
Sobram motivos para uma luta nacional como essa, além das
demandas de cada categoria, seria uma oportunidade para lutar: a) contra a
precarização do trabalho e a terceirização, defendendo a efetivação sem
necessidade de concurso público ou processo seletivo; b) pelo salário mínimo do
DIEESE (R$ 2992,19) e gatilho automático de acordo com o aumento do custo de
vida; c) além de re-colocar as demandas que surgiram nas manifestações em junho
do ano passado, como a retirada de todos os aumentos das passagens, a melhoria
dos serviços públicos e do transporte (que para nós só pode melhorar
efetivamente com a estatização sob controle dos trabalhadores e usuários) e a
luta contra a repressão; d) punição e confisco dos bens de todos os corruptos e
que todos os deputados e funcionários públicos de alto escalão (do executivo,
legislativo, juízes, etc) ganhem o mesmo salário que uma professora efetiva.
4 – Lutemos
para tirar as burocracias dos sindicatos e recuperá-los para a luta
Todos
percebem como a maioria dos dirigentes sindicais não estão do lado do
trabalhador. Há aqueles que, em resposta a isso, se desfiliam ou acham que os
sindicatos não podem mais servir para a luta. Com as direções de hoje não vão
servir mesmo. Mas se avançamos na nossa organização pela base (usando as bancadas
eleitas pelos trabalhadores nas CIPAs, delegados sindicais e todos os espaços
que pudermos), podemos e devemos tirar esses burocratas dos sindicatos e
coloca-los a serviço da luta.
0 comentários:
Postar um comentário